
Essas indagações parecem tirar Ester da órbita terrestre; levam-na paro outro sistema, com outras constelações e outros planetas. Repentinamente ela retorna à Terra: o vento intensifica-se, e rouba-lhe o chapéu; a mulher corre desajeitadamente para buscar seu acessório.
Depois do esforço físico, ainda ofegante, Ester dá uns tapinhas para retirar a poeira do seu chapéu. Coloca-o de volta na sua cabeça. Seus cabelos parecem meio desarrumados agora.
De posse de seu chapéu ela retorna ao banco, sentando-se sem a mínima pressa; não há compromissos ou alguém a lhe esperar... No corpo e na alma de Ester vão uma tristeza e solidão incrivelmente serenos.
Estática, a contemplar o mar, ela parece querer fazer hora; quer ver o tempo correr diante de sua inércia para que possa errar menos. Ester tenta enganar o Tempo para que haja menos ilusões e corações machucados, inclusive o seu.
Você podia trabalhar um pouco mais essa aqui. Ester é delineada como uma mulher tão intensa e tão ávida, confusa e decidida ao mesmo tempo...cativou-me instantaneamente. Tá ótimo, mas dava para trabalhar mais em cima dele.
ResponderExcluirAcredito que não tenha realizado o exercício porque não havia escrito coisa alguma em prosa. tenho muita dificuldade em "consertar"os escritos e só agora começo a revisar, modificando as coisas originais. Certamente estás certa!
ResponderExcluirtentarei seguir no próximo esboço.